As atividades abaixo foram retiradas do quarto encontro do Projeto 77 Escolas, e está disponibilizado em: http://portalsme.prefeitura.sp.gov.br/Documentos/BibliPed/EnsFundMedio/CicloII/AprenderPadroes/Aprender_Padroes_Lingua_Escrita_Modo_Reflexivo_Parte_I_Prof.pdf
Texto 4 Piadas
Pontuando a piada para ler melhor
Nesta lição, você vai aprender a ler e interpretar piada e usar sinal de pontuação.
Ri melhor quem ri junto
Você conhece aquela piada do Juquinha? Confira:
Um dia, a mãe de Juquinha estava se arrumando pra sair. O menino chegou e disse:
— Manhê, por que você se pinta tanto?
— Pra ficar bonita, Juquinha.
— Então, por que não fica?
E o Juquinha continuou aprontando...
A visita está saindo. A mãe pergunta ao filho, que está por perto:
— E o que é que a gente diz quando a visita vai embora?
— Graças a Deus!
Quer mais? Que tal preparar uma piada pra contar para a classe?
Atividade 02
Preparando para contar uma boa
Com um colega, ensaie a leitura de uma piada que sua professora vai sortear. Mantenha segredo. Não conte antes da hora para não quebrar a surpresa, porque piada boa tem que ser nova, certo? Ao ler, observe a pontuação ao final de cada frase para dar a entonação certa.
Material para o professor:
Faça uma cópia das piadas abaixo. Depois corte cada célula deixe que cada dupla sorteie uma para ler ou contar para os colegas.
PIADAS | |
— Você tem aí quinhentos mangos pra me emprestar? — Não. — E em casa? — Tudo bem, obrigado. (1) | — Desculpe, querida, mas eu tenho a impressão de que você quer casar comigo só porque eu herdei uma fortuna do meu tio. — Imagine, meu bem! Eu me casaria com você mesmo que tivesse herdado a fortuna de outro parente qualquer! (1) |
Diálogo de duas crianças: — Eu nasci nessa casa. — Eu nasci no hospital. — Por quê? Você estava doente? (1) | Chega o menino curioso pra perto do pai, visitando um pomar: — Pai, que fruta é essa? — São ameixas-pretas, meu filho. — Pretas como, meu pai, se elas são brancas? — Ah, meu filho, elas estão brancas porque ainda são verdes.(1) |
Careca: Me dá um vidro de loção pra crescer cabelo. Caixeiro: Grande ou pequeno? Careca: Pequeno, que eu não gosto de cabelo muito comprido. (2) | Gago: o... a...ca...ca...valheiro...po...poderia... me... me... infor...informar... on...on...onde é... que... tem... por a...por aqui... u...u...uma esco...escola... pra... ga...gagos? Cavalheiro: Para que o senhor quer escola se já está gaguejando tão bem? (2) |
Amigo: Posso lhe dizer uma coisa no ouvido? Outro: Diga. Amigo: Como é que você teve coragem de casar com uma mulher careca, desdentada e tão feia? Outro: Não precisa falar baixo. Ela é surda também. (2) | Diálogo no hospício: Guarda: Que é que você está fazendo aí? Doido: Escrevendo uma carta. Guarda: Pra quem? Doido: Pra mim mesmo. Guarda: E o que é que diz a carta? Doido: Não sei, ainda não recebi! (2) |
Ela: Como o senhor é diferente do que eu imaginava! Poeta famoso: Pensava, naturalmente, que eu era gordo, baixinho e feio? Ela: Ao contrário! Imaginava que o senhor era esbelto, alto e bonito! (2) | A professora mandou o Joãozinho escrever 50 vezes a palavra “coube”, pois o garoto insistia em dizer “cabeu”. Alguns minutos depois, o Joãozinho entregou uma folha cheia de “coubes”: — Espere aí. Você escreveu apenas 48 vezes, por quê? — Ah, fessora, é que num cabeu... (3) |
A professora pergunta pro Joãozinho: — Joãozinho, seu eu te der dez laranjas e depois te dar mais dez laranjas, você fica com... com... — CONTENTE! (3) | O Joãozinho apanhou da vizinha e sua mãe foi tirar satisfação: — Por que a senhora bateu no meu filho? — É porque ele me chamou de gorda! — E a senhora acha que vai emagrecer batendo nele? (3) |
A mulher comenta com o marido: — Querido, hoje o relógio caiu da parede da sala e por pouco não bateu na cabeça da mamãe... — Maldito relógio. Sempre atrasado... (4) | Um baiano deitado na rede pergunta pro amigo: — Meu rei... tem aí remédio pra picada de cobra? — Tem não, meu lindo. Por que, você foi picado? — Não, mas tem uma cobra vindo na minha direção. (4) |
O empregado diz ao patrão que está chegando da rua: — Está chegando da feira, seu velho imbecil, otário e idiota? — Não! Eu estou voltando do médico que me curou da surdez! (5) | O sujeito vai pedir aumento pro chefe: — Acho melhor o senhor me promover! Tem muitas empresas me procurando... — É mesmo? - pergunta o chefe, irônico - Quais são essas empresas? — A empresa de eletricidade, a empresa de saneamento, a empresa de telefone e as maiores empresas de cobrança do país! (5) |
Joãozinho observa atentamente o padre, enquanto este conserta a cerca do jardim da igreja. Notando o interesse do garoto, o padre pergunta: — Você quer aprender como se conserta uma cerca, não é, meu filho? — Não, padre! Só tô curioso pra saber o que um padre fala quando dá uma martelada no dedo! (5) | Dois amigos conversam sobre as maravilhas do Oriente... Um deles diz: — Quando completei 25 anos de casado, levei minha mulher ao Japão. — Não diga? E o que pensa fazer quando completarem 50? — Volto lá para buscá-la... (6) |
— Doutor, como eu faço para emagrecer? — Basta a senhora mover a cabeça da esquerda para direita e da direita para esquerda. — Quantas vezes, doutor? — Todas as vezes que lhe oferecerem comida. (6) | O Joãozinho vai com sua irmã visitar a avó: — Vovó, como é que as crianças nascem? — Bem, as cegonhas trazem as criancinhas no bico, meus netinhos. Joãozinho cochicha para a sua irmã: — E aí, o que é que você acha? Contamos a verdade para ela? (7) |
(1) POSSENTI, Sírio. Os humores da língua: análises lingüísticas de piadas. Campinas, SP: Mercado das Letras, 1998. (2) NUNES, Max. Uma pulga na camisola: o máximo de Max Nunes. São Paulo: Companhia das Letras, 1996. |
O empregado diz ao patrão que está chegando da rua: — Está chegando da feira, seu velho imbecil, otário e idiota? — Não! Eu estou voltando do médico que me curou da surdez! (5) | O sujeito vai pedir aumento pro chefe: — Acho melhor o senhor me promover! Tem muitas empresas me procurando... — É mesmo? - pergunta o chefe, irônico - Quais são essas empresas? — A empresa de eletricidade, a empresa de saneamento, a empresa de telefone e as maiores empresas de cobrança do país! (5) |
Joãozinho observa atentamente o padre, enquanto este conserta a cerca do jardim da igreja. Notando o interesse do garoto, o padre pergunta: — Você quer aprender como se conserta uma cerca, não é, meu filho? — Não, padre! Só tô curioso pra saber o que um padre fala quando dá uma martelada no dedo! (5) | Dois amigos conversam sobre as maravilhas do Oriente... Um deles diz: — Quando completei 25 anos de casado, levei minha mulher ao Japão. — Não diga? E o que pensa fazer quando completarem 50? — Volto lá para buscá-la... (6) |
— Doutor, como eu faço para emagrecer? — Basta a senhora mover a cabeça da esquerda para direita e da direita para esquerda. — Quantas vezes, doutor? — Todas as vezes que lhe oferecerem comida. (6) | O Joãozinho vai com sua irmã visitar a avó: — Vovó, como é que as crianças nascem? — Bem, as cegonhas trazem as criancinhas no bico, meus netinhos. Joãozinho cochicha para a sua irmã: — E aí, o que é que você acha? Contamos a verdade para ela? (7) |
(1) POSSENTI, Sírio. Os humores da língua: análises lingüísticas de piadas. Campinas, SP: Mercado das Letras, 1998. (2) NUNES, Max. Uma pulga na camisola: o máximo de Max Nunes. São Paulo: Companhia das Letras, 1996. |
Dica para o professor:
A piada é um gênero textual que opera fortemente com estereótipos e aborda temas proibidos ou “politicamente incorretos”, evitados nos círculos sociais mais bem comportados e polidos. Entretanto, exatamente por esse seu caráter marginal, a piada é muito popular e cultivada universalmente. Como são textos curtos, apresentam muito diálogo e exploram jogos de linguagem, aprofundam a leitura dos estudantes e aguçam seu espírito crítico e sua percepção das estratégias lingüísticas para produção de sentidos. O professor deve estar atento e manter a atividade nos limites do possível na escola, evitando abrir a proposta para que os estudantes tragam para a sala de aula piadas inadequadas ao ambiente e aos propósitos e, com essa atitude, criem situações constrangedoras para os colegas e o professor.
Hora da risada!
Agora é sua vez de ler para os colegas a piada que lhe coube e de ouvir a dos colegas. Divirta-se!
Dica para o professor:
Um dos objetivos da atividade é envolver os alunos na leitura desse gênero textual para criar repertório e para que tenham oportunidade de apreciar algumas características das piadas.
É também objetivo exercitar a leitura compreensiva e, posteriormente, a expressão oral do texto humorístico. Para essa aprendizagem, é importante que os alunos observem a importância da pontuação, tanto para a compreensão do texto como para orientar a oralização. Os estudantes devem procurar a entonação adequada para produzir o efeito de humor desejado.
As piadas tradicionalmente são contadas, mas é bastante comum e freqüente encontrarmos sua reprodução em meio gráfico e elas acabam também sendo objeto de leitura. Por isso, vamos centrar nossa atenção no exercício de leitura em voz alta do texto escrito: uma boa oralização é etapa posterior da leitura silenciosa e da compreensão do texto. Assim, é importante o professor acompanhar o ensaio de oralização das duplas para ajudar a resolver possíveis problemas de compreensão das piadas.
A pontuação e o sentido
Quem digitou o texto abaixo se esqueceu de colocar alguns sinais de pontuação. Veja se você descobre qual o sinal mais adequado para preencher as lacunas.
A pontuação que você escolher pode permitir diferentes interpretações da fala de cada personagem. Use interrogação (?), exclamação (!) , reticências (...) ou ponto final (.) e tome sua decisão. Vamos lá?
Dica para o professor:
Uma boa estratégia para o desenvolvimento dessa atividade é propô-la como atividade em duplas. Desse modo, os alunos podem confrontar suas hipóteses e refletir antes de concluir a resposta. Durante a correção do exercício, o professor não deve dar a resposta correta imediatamente, mas criar oportunidade para que as duplas apresentem suas soluções para, a partir das respostas dadas, discutir com os estudantes, levando-os a pensar nas alternativas possíveis de pontuação para cada caso.
Piada para pontuar:
A dona de casa falando com o açougueiro:
— Quanto está o quilo da carne de segunda___
— Quatro e oitenta e cinco___
— Credo, que roubo___ O senhor não tem coração___
— Tenho sim, dona___ Tá quatro e cinqüenta___
Dica para o professor:
Observe que o sinal de pontuação nem sempre representa a única alternativa para o enunciado que se está pontuando. No caso da resposta do açougueiro, “Quatro e oitenta e cinco”, a pontuação final pode ser ponto ou exclamação. Essa escolha é uma opção estilística do autor. É importante discutir com os alunos as nuances de sentido que cada escolha implica e ressaltar que qualquer alternativa é correta. O mesmo ocorre em “Credo, que roubo”, que, ao final, além da exclamação, pode receber reticências e ponto. Em “O senhor não tem coração” fica também evidente a mudança de sentido se o aluno optar por ponto, interrogação ou exclamação. É interessante que o estudante perceba a função do sinal de pontuação para a compreensão do texto.
Versão original da piada selecionada
A dona de casa falando com o açougueiro:
— Quanto está o quilo da carne de segunda?
— Quatro e oitenta e cinco!
— Credo, que roubo! O senhor não tem coração?
— Tenho sim, dona! Tá quatro e cinqüenta!
— Quanto está o quilo da carne de segunda?
— Quatro e oitenta e cinco!
— Credo, que roubo! O senhor não tem coração?
— Tenho sim, dona! Tá quatro e cinqüenta!
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