domingo, 19 de agosto de 2012

TEXTOS - FOLCLORE



O PREÇO DO AMOR
Autor Desconhecido

Uma tarde, um menino aproximou-se de sua mãe, que preparava o jantar, e entregou-lhe uma folha de papel com algo escrito. Depois que ela secou as mãos e tirou o avental, ela leu: por cortar a grama do jardim: R$3,00; por limpar meu quarto esta semana: R$1,00; por ir ao supermercado em seu lugar: R$2,00; por cuidar de meu irmãozinho enquanto você ia às compras: R$2,00; por tirar o lixo toda semana: R$1,00; por ter um boletim com boas notas: R$5,00; por limpar e varrer o quintal: R$2,00; TOTAL DA DÍVIDA: R$16,00.
A mãe olhou o menino, que aguardava cheio de expectativa. Finalmente, ela pegou um lápis e no verso da mesma nota escreveu: por levar-te nove meses em meu ventre e dar-te a vida: NADA; por tantas noites sem dormir, curar-te e orar por ti: NADA; pelos problemas e pelos prantos que me causastes: NADA; pelo medo e pelas preocupações que me esperam: NADA; por comidas, roupas e brinquedos:  NADA; por limpar-te o nariz: NADA; CUSTO TOTAL DE MEU AMOR: NADA.
Quando o menino terminou de ler o que sua mãe havia escrito tinha os olhos cheios de lágrimas. Olhou nos olhos da mãe e disse:

·         Eu te amo, mamãe!!!
Logo após, pegou um lápis e escreveu com uma letra enorme: “TOTALMENTE PAGO”.  

PRUDÊNCIA

A prudência é a virtude que faz prever e evitar situações de perigo. Ser prudente, portanto, é ser cauteloso, sensato, é evitar perigos de toda ordem, prevendo-os por meio da observação, análise e reflexão.
Uma pessoa prudente evita toda espécie de drogas, o alcoolismo, o cigarro, os vícios de maneira em geral, pois prevê o mal que eles fazem. Não se deixa levar pela curiosidade nem pela pressão dos amigos, age com sabedoria, pois vê além das aparências e procura o verdadeiro significado das coisas.



O CORVO E A ÁGUIA
Certo dia, uma águia faminta, num vôo certeiro, capturou sua presa no meio de um enorme rebanho.
Alça vôo veloz, levando preso, em suas garras, um carneiro.
Mais adiante, um corvo assistia a espetacular captura e já se colocara apostos para fazer o mesmo.
Lá do alto, escolhe a sua presa, o carneiro mais gordo. Imagina seu banquete e se atira sobre o pobre animal indefeso. Prende o animal com suas garras firmes e... para sua decepção, sua vontade era maior que sua força e ele não agüentou... o carneiro nem se mexeu!
Suas garras afiadas enroscaram-se na lã crespa e longa da vítima. Quanto mais o corvo se debatia, mais se prendia.
Quando o pastor notou o acontecido prendeu o invejoso numa gaiola e o levou para os seus filhos.

Moral: Seja prudente! Não dê o passo maior do que as pernas.

O LEÃO VELHO
Numa caverna abandonada morava um leão velho e fraco.
Com o passar os tempos, foi percebendo que se tornava cada vez mais difícil usar sua velha perspicácia de caçador; resolveu usar a astúcia, a arma dos sábios.
Esticou-se em sua caverna e fingiu estar doente. Ficava gemendo e aos poucos atraía os animais que passavam e que se aproximavam para ver o que estava acontecendo. Sempre que um deles chegava e perguntava como ele estava, fingia-se moribundo, à beira a morte. Ao se compadecer do agonizante leão, chegando bem perto, ele, num salto, prendia a presa e a devorava.
Certo dia, a raposa passou por ali e, ouvindo os gemidos do espertalhão, em vez de entrar ficou na entrada só olhando e sabendo dele:
- Como vai, Sr. Leão?
- Vou de mal a pior! Mal agüento o peso de minhas pálpebras... – resmungou o leão.
- Coitado! Espero que melhore – desejou a raposa.
Notando que a raposa não entrava, o leão implorou:
- Fique um pouco comigo! Não quero morrer sozinho. Não fique aí no sol, torrando seus miolos! Entre! Não vou atacar você, minha amiga... estou fraco demais, acredite! Sou só um pobre leão precisando de companhia.
- É mesmo, Sr. Leão? Engraçado... gostaria de crer no que fala, mas meus olhos me enganam e eles me mostram uma outra situação. Engraçado...
- O que foi? – resmungou o leão.
    - Vejo muitas pegadas de animais entrando em sua caverna, mas... mas nenhuma saindo!! Isto quer dizer que o destino deles não foi outro senão a morte! Eu vou sair daqui! Passe bem!!
E num piscar de olhos a raposa já estava longe dali!

Moral: A prudência não faz mal a ninguém.

O ASTRÔNOMO Esopo

Para observar a noite, as estrelas e seus mistérios, um astrônomo fazia seus passeios noturnos. Ficava horas e horas olhando o céu e apreciando a natureza, magnífica em seu conjunto, rica em seus detalhes. Certa vez, em uma de suas caminhadas noturnas, o homem ia tão distraído que caiu num poço.
Começou a gritar desesperado por socorro e chamou a atenção de um senhor que passava.
- Meu amigo! – gritou o senhor. – Você está bem? O que aconteceu?
- Olá! Que bom que o senhor está aí... – respondeu aliviado o astrônomo de dentro do buraco. – Estava distraído e nem vi o buraco!
- Meu bom amigo sei que olhar o céu é seu prazer, mas olhar o que tem debaixo dos pés é um dever!

Moral: Mantenha a cabeça nas nuvens, mas os pés no chão.

O GATO, O GALO E O RATINHO
Esopo

Conta a história que um ratinho vivia com sua mãe num buraco muito aconchegante.
O ratinho deu seu primeiro passeio sozinho e voltou entusiasmado, contando:
- Mãe, como o mundo é lindo! Cheio de coisas e bichos diferentes... Você não imagina o que eu vi agorinha!
- O que viu de tão diferente, meu querido? – disse a mãe.
- Na verdade, dois bichos me chamaram a atenção! Um era delicado, bonito, seu pelo macio parecia pintado à mão... e o rabo, então? Era maravilhoso o movimento que fazia... parecia ondas! Já o outro, mãe, era um ser monstruoso. Você nem faz idéia... com aqueles pedaços de carne crua balançando no alto da cabeça e abaixo do queixo, e quando mexia os lados do corpo soltava um grito assustador. Quando ouvi aquilo comecei a correr e só parei quando cheguei aqui. Que pena! Tudo isso bem na hora que eu ia bater um papo com o simpático do pelo macio.
- Ah, que sorte você teve, meu filho! – respondeu a mãe. – Esse seu ser monstruoso de grito assustador era um galo, uma ave inofensiva, mas o seu simpático de pelo macio era um gato que adora comer ratos, que num piscar de olhos o teria devorado!

Moral: As aparências enganam, portanto seja prudente.   

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